GREVE 2015 - 12 DE FEVEREIRO - NOVO 30 DE AGOSTO PARA A EDUCAÇÃO NO PARANÁ
GREVE DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DO PARANÁ - FEVEREIRO DE 2015
A semana de 09 a 13 de fevereiro de 2015 ficou marcada para sempre como uma semana histórica na luta pela educação no Paraná.
Começamos a semana (dia 09/02) nos reunindo nas escolas para recepcionar os alunos e pais para lhes informar os porquês do início da greve. Dentre os problemas, tínhamos o seguinte:
1. As escolas estavam sem receber os repasses do Governo do Estado (Beto Richa-PSDB) desde outubro de 2014.
2. Os professores PSS não haviam recebido as rescisões de contratos de 2014 ainda e os QPMs não haviam recebido o 1/3 de férias bem como as progressões de 2014.
3. O porte das escolas foi alterado, muitas turmas foram fechadas, aquelas que ficaram, tornaram-se salas superlotadas com 50 alunos em média.
4. As escolas estavam sem funcionários administrativos e de serviços gerais, pois com a diminuição do porte, houve também redução no quadro efetivo.
5. Já havia sido realizada uma distribuição de aulas em dezembro de 2014, que foi anulada e refeita em fevereiro de 2015, que precisou ser novamente alterada.
6. Os professores do concurso novo haviam sido convocados, mas não tinham assinado o termo de posse.
Fora isso, tramitava na câmara dos deputados um PACOTÃO DE MALDADES, que previa dentre tantas, a junção do FUNDO PREVIDENCIÁRIO com o FUNDO FINANCEIRO do Estado, dando assim possibilidade do Governo "mexer" no dinheiro das aposentadorias. Essa manobra (COMISSÃO GERAL) votava todos os projetos ao mesmo tempo, num verdadeiro TRATORAÇO, sem que fossem discutidos os projetos com a população.
Assim, na terça-feira, dia 10 de fevereiro, concentraram-se em frente a ALP um número significativo de professores e funcionários públicos, para pressionar os deputados a não votarem em comissão geral e retirarem o PACOTÃO DE MALDADES. Fui um dos escolhidos para entrar na ALP e acompanhar a votação, que por sinal foi muito tensa... Tadeu Veneri, Requião Filho, Nereu Moura e Professor Lemos deram a "cara a tapa" alertando os demais deputados da aberração que estavam fazendo.
O deputado Romanelli, então defensor do pacotão de maldades, tentou discursar, mas todos nós vaiamos, viramos de costas pra ele, mostramos dinheiro para ele o chamando de mercenário, por que ele era do PMDB (e deveria ser base aliada a nosso favor)... enfim, votaram 19 contra o pacotão e 34 a favor da comissão geral. O resultado disso foi a invasão da ALP pelos professores, que de forma pacífica tomaram o lugar dos deputados.
Na quarta-feira, como a ALP estava tomada pelos professores (a agora somados aos funcionários da educação, agentes penitenciários, entre outros), os deputados se dirigiram para o restaurante da ALP, para votar novamente, pois a votação do dia anterior foi anulada, porque o presidente da casa (Ademar Traiano - o Traíra) cancelou a sessão anterior. Votaram a favor, novamente com o mesmo placar: 19X34, ficando para quinta-feira a aprovação do PACOTÃO DE MALDADES.
Na quinta-feira, dia 12 DE FEVEREIRO DE 2015, reuniram-se mais de 30 mil pessoas nos arredores da ALP. A estratégia foi cercar todos os portões de acesso, para impedir que os deputados entrassem na ALP para votar o pacotão. Fizemos isso, bravamente, sentando no chão, dando as mãos, de forma pacífica e bem coordenada, contudo, a estratégia deles foi diferente:
1° Fizeram um cordão de isolamento entre o portão 7 e portão 8 (onde nos encontrávamos). Esse cordão de isolamento foi feito pela PM-PR, logo em seguida chegaram dois camburões da TROPA DE CHOQUE, um com os soldados e o outro, de forma vergonhosa, trazia os 34 deputados que desejavam entrar na ALP.
2° Como os manifestantes eram milhares, para chegar até o cordão de isolamento, a polícia usou da força, com gás de pimenta, bomba de efeito moral, cassetetes, força braçal para abrir caminho para os camburões, que entraram no cordão de isolamento de despejaram os deputados próximos a grade que cerca a ALP.
3° A própria PM, num ato de depredação do patrimônio público, cortou a grade para que os deputados, como BANDIDOS, entrassem na ALP para realizar a votação do PACOTÃO DE MALDADES.
4° Como ficaram sabendo do ato de covardia dos deputados em entrar pelas portas dos fundos, abertas pelos PMs, os demais servidores invadiram o restante do prédio da ALP para pressionar os deputados, e principalmente BETO RICHA a desistir dessa votação e chamar a categoria para conversar, o que ainda não havia acontecido.
5° Diante de tanta pressão, o Governador BETO RICHA (PSDB) não aguentou a pressão e retirou o PACOTÃO DE MALDADES e encerrando a proposta de COMISSÃO GERAL.
Assim se passou a semana fatídica de FEVEREIRO, uma greve que continuou, atravessou o carnaval com proposta de reunião com a categoria no dia 19/02/2015 para discutirmos os termos para o fim da greve. Vamos aguardar.
https://www.youtube.com/watch?v=kta1C5wBxfM
A semana de 09 a 13 de fevereiro de 2015 ficou marcada para sempre como uma semana histórica na luta pela educação no Paraná.
Começamos a semana (dia 09/02) nos reunindo nas escolas para recepcionar os alunos e pais para lhes informar os porquês do início da greve. Dentre os problemas, tínhamos o seguinte:
1. As escolas estavam sem receber os repasses do Governo do Estado (Beto Richa-PSDB) desde outubro de 2014.
2. Os professores PSS não haviam recebido as rescisões de contratos de 2014 ainda e os QPMs não haviam recebido o 1/3 de férias bem como as progressões de 2014.
3. O porte das escolas foi alterado, muitas turmas foram fechadas, aquelas que ficaram, tornaram-se salas superlotadas com 50 alunos em média.
4. As escolas estavam sem funcionários administrativos e de serviços gerais, pois com a diminuição do porte, houve também redução no quadro efetivo.
5. Já havia sido realizada uma distribuição de aulas em dezembro de 2014, que foi anulada e refeita em fevereiro de 2015, que precisou ser novamente alterada.
6. Os professores do concurso novo haviam sido convocados, mas não tinham assinado o termo de posse.
Fora isso, tramitava na câmara dos deputados um PACOTÃO DE MALDADES, que previa dentre tantas, a junção do FUNDO PREVIDENCIÁRIO com o FUNDO FINANCEIRO do Estado, dando assim possibilidade do Governo "mexer" no dinheiro das aposentadorias. Essa manobra (COMISSÃO GERAL) votava todos os projetos ao mesmo tempo, num verdadeiro TRATORAÇO, sem que fossem discutidos os projetos com a população.
Assim, na terça-feira, dia 10 de fevereiro, concentraram-se em frente a ALP um número significativo de professores e funcionários públicos, para pressionar os deputados a não votarem em comissão geral e retirarem o PACOTÃO DE MALDADES. Fui um dos escolhidos para entrar na ALP e acompanhar a votação, que por sinal foi muito tensa... Tadeu Veneri, Requião Filho, Nereu Moura e Professor Lemos deram a "cara a tapa" alertando os demais deputados da aberração que estavam fazendo.
O deputado Romanelli, então defensor do pacotão de maldades, tentou discursar, mas todos nós vaiamos, viramos de costas pra ele, mostramos dinheiro para ele o chamando de mercenário, por que ele era do PMDB (e deveria ser base aliada a nosso favor)... enfim, votaram 19 contra o pacotão e 34 a favor da comissão geral. O resultado disso foi a invasão da ALP pelos professores, que de forma pacífica tomaram o lugar dos deputados.
Na quarta-feira, como a ALP estava tomada pelos professores (a agora somados aos funcionários da educação, agentes penitenciários, entre outros), os deputados se dirigiram para o restaurante da ALP, para votar novamente, pois a votação do dia anterior foi anulada, porque o presidente da casa (Ademar Traiano - o Traíra) cancelou a sessão anterior. Votaram a favor, novamente com o mesmo placar: 19X34, ficando para quinta-feira a aprovação do PACOTÃO DE MALDADES.
Na quinta-feira, dia 12 DE FEVEREIRO DE 2015, reuniram-se mais de 30 mil pessoas nos arredores da ALP. A estratégia foi cercar todos os portões de acesso, para impedir que os deputados entrassem na ALP para votar o pacotão. Fizemos isso, bravamente, sentando no chão, dando as mãos, de forma pacífica e bem coordenada, contudo, a estratégia deles foi diferente:
1° Fizeram um cordão de isolamento entre o portão 7 e portão 8 (onde nos encontrávamos). Esse cordão de isolamento foi feito pela PM-PR, logo em seguida chegaram dois camburões da TROPA DE CHOQUE, um com os soldados e o outro, de forma vergonhosa, trazia os 34 deputados que desejavam entrar na ALP.
2° Como os manifestantes eram milhares, para chegar até o cordão de isolamento, a polícia usou da força, com gás de pimenta, bomba de efeito moral, cassetetes, força braçal para abrir caminho para os camburões, que entraram no cordão de isolamento de despejaram os deputados próximos a grade que cerca a ALP.
3° A própria PM, num ato de depredação do patrimônio público, cortou a grade para que os deputados, como BANDIDOS, entrassem na ALP para realizar a votação do PACOTÃO DE MALDADES.
4° Como ficaram sabendo do ato de covardia dos deputados em entrar pelas portas dos fundos, abertas pelos PMs, os demais servidores invadiram o restante do prédio da ALP para pressionar os deputados, e principalmente BETO RICHA a desistir dessa votação e chamar a categoria para conversar, o que ainda não havia acontecido.
5° Diante de tanta pressão, o Governador BETO RICHA (PSDB) não aguentou a pressão e retirou o PACOTÃO DE MALDADES e encerrando a proposta de COMISSÃO GERAL.
https://www.youtube.com/watch?v=kta1C5wBxfM
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